Faculdade de Medicina da UFRGS

O Prof. Octavio de Souza

O professor Octavio de Souza, natural de Porto Alegre, nasceu em 25 novembro de 1875. Os estudos iniciais foram feitos no Colegio Conceição dos Jesuitas de São Leopoldo. E cursou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Defendeu tese sobre "infecção Puerperal" em 18 de janeiro de 1900. Voltando a Porto Alegre exerceu a profissão atendendo no Hospital da Brigada Militar. Logo foi atraido para a Faculdade de Medicina para ser auxiliar do brilhante cirurgião Prof. Carlos Wallau, onde permaneceu por quatro anos. A Faculdade de Medicina logo o chamou para exercer a função de professor substituto e em seguida designa-o para reger a cadeira de Clinica Propedeutica Medica, ocupou-a de 1903 a 1907. Promovido a titular da segunda cadeira de Clinica Médica em 1908, e transferido para a primeira cadeira da mesma disciplina em 1917. Alem disso, substituiu o Prof. Olinto de Oliveira por ocasião de uma viagem a Europa do ilustre pedriata. Clinico notavel, junto com Annes Dias e Thomaz Mariante foi o trio especial da clinica medica da Faculdade, os quais trouxeram grandes méritos para a entidade. Relata Raul Pilla: era um clinico na verdadeira acepção da palavra, que ao saber aliava a intuição, o tato e a bondade . Não tinha a preocupação de mostrar erudição, embora a tivesse, nem de impressionar os alunos com a apresentação de casos raros. Compenetrado da sua missão, ensinava e ministrava os conhecimentos fundamentais, preparava realmente os alunos para a carreira que haviam escolhido. Ao lado deste caminho sabia tambem abrir aos seus discipulos as veredas novas, que a evolução da medicina constantemente impõe. Fez escola, numerosos são os médicos que lhe sofreram a influencia. Na Faculdade alcançou os mais altos postos : foi vice-diretor em 1923, diretor em 1914, paraninfo da turma de 1909 e homenageado pelos doutorandos de 1922. Presidiu a Sociedade de Medicina em 1916, 1931 e 1932. Na sessão de 23 dezembro de 32 foi eleito socio honorário. Fundador e membro da comissão executiva da Sindicato Médico e o dirigiu no segundo periodo de 1933. A Santa Casa homangeou-o dando seu nome para a Enfermaria 9. Publicou inumeros trabalhos publicados nas anais da Faculdade e na Revista da Sociedade de Medicina. Não militou na politica como muitos dos seus colegas, mas o prefeito Octavio Rocha o remodelador da cidade de Porto Alegre, o colocou na Comissão Ordenadora das Obras, tomando parte ativa nesta atividade. O Professsor Octavio de Souza viajou para a Europa para tratar-se de uma doença maligna, mas faleceu aos 56 anos a bordo da trans-atlantico Cap. Asturias em 1933. Informações deste artigo foram tiradas de um trabalho feito por Raul Pilla em 1943. Nicanor Letti - site nicanor.letti@terra,com,br.

A construção do Necrotério da FM.

Desde 1904 o professor Sarmento Leite, lente de Anatonia sonhava em construir um local onde poderiam os alunos estudarem e dissecarem cadáveres humanos para o bom aprendizado da Anatomia, matéria fundamental para o curriculo da Faculdade. Como acontecia em todos os centros de estudos médicos adiantados. As técnicas de conservação já eram bem conhecidas e facilmente aprendidas pelos auxiliares técnicos. Antes mesmo de começarem obras já Sarmento idealizava onde encontraria cadáveres para dissecção. As excelentes relações optidas entre Sarmento e o Coronel Barcellos provedor da Santa Casa, aceleraram-se quando o sobrinho do coronel provedor teve um ba-fa-fa, com a banca que o examinava e deu-lhes notas baixas, pelo aluno-sobrinho criticar um professor do Rio de Janeiro, não operara crianças com hernias cranianas, a banca formada por ex-alunos do eminente professor do Rio. Desaprovou a tese. Os alunos rebelaram-se com a banca, e fizeram uma passeata até a Santa Casa, onde morava com seu tio. Sarmento Leite, apoiando o movimento dos alunos, estava abraçado com o sobrinho e em 1907, solito, formou-se o estudante. Pois os demais alunos foram suspensos da Faculdade por um ano. Na época o regulamento permitia que nas férias qualquer aluno poderia trasnferir-se para outra Faculdade, apresentando o seu adiantamento na escola de onde vinha. A transferencia de alunos de uma cidade para o Rio ou Bahia, ou mesmo para o exterior eram frequentes. Muitos alunos preferiam o Rio ou a Bahia. Mas em 1916 um grupo de alunos transferiu-se para a Suiça, eram: Antão de Assis Brasil, Atualpa Lopes Uflacker, Germano Walwitz, Antonio M. da Costa Freitas, Ismael Dias da Silveira, Genes Cortez Leal, Henrique Gomes Ferreira, Carlos Zacharias Correa. Aproveitando Sarmento a crise da suspensão dos cem alunos, e sua posiçao contra a suspenssão dos alunos. Iniciou a conversação para ceder o local para o Instituto Anatomico em terreno da Santa Casa. Não conseguimos rastejar de onde apareceu o dinheiro para sua construção, a verdade é que em 1909, o Instituto Anatomico estava pronto. Bem na esquina , junto a Engenharia. Foi inaugurado no dia 25 julho de 1909, no aniversario da fundação da Faculdade de Medicina. Constava de cinco espaçosas salas, bem iluminadas e ventiladas, piso de mosaico e paredes escaioladas, sem canto, providas de mesas de louza da casa Fricoteaux de Paris, canalização de agua e exgoto etc. , tendo ao lado pequeno edificio para vestiario, injeções repletivas etc. O material para estudo sempre foi suficiente em relação ao numero de alunos. O processo das injeções e conservação dos cadaveres foi sempre boa, baseadas no formol e glicerina.As salas para dissecção tinham os seguintes nomes: Vesalio, Saboia, Morgagni e Bichat. Seu Diretor foi sempre o Prof. Sarmento Leite. Nicanor Letti site nicanor.letti@terra. com.br.

Funcionamento da FM como escola particular

A faculdade de Medicina e Farmacia de Porto Alegre começou a funcionar regularmente no dia 15 de março de 1899. Em primeiro de setembro de 1900, por decreto federal 3758. foi equiparada para todos os efeitos às suas congeneres. Foi nomeado Delegado Fiscal o Dr. Balduino do Nascimento e se exonerou em 15 de março de 1905. Seu sucessor foi o Dr. Francisco de Paula Dias, mas solicitou exoneração em 9 de agosto de 1907. O dr. Candido Ferreira dos Reis desempenhou as funções até 5 de maio de 1911. Mas neste ano, pela lei Organica do Ensino de 5 de abril foram extintos os cargos de Delegados. Esta lei tambem obrigou os Institutos Livres adotarem personalidade juridica e reorganizando-se sob o titulo de Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Tomando nova orientação didatica, pois criou novas cadeiras nos cursos de medicina, farmacia e de odontologia, elevando para estes o curriculo para tres anos. A Faculdade de Medicina aproveitou o decreto para readquirir seus antigos direitos de unica faculdade livre de Medicina do Brasil. Considerado idonea para os efeitos de fiscalização, em sessão do Conselho Superior de Ensino realizada em 30 de maio de 1915, sendo nomeado Inspetor Federal o dr. Emiliano Pereira dos Santos. No artigo 109 do decreto 11530 de 18/03/1915, permitiu nas ferias os alunos obter transferencia para outra faculdade congenere, no Brasil ou no exterior. A Faculdade de Medicina de Porto Alegre dispunha quatro entidades que completavam adequadamente o ensino médico, melhor na época de todo o Brasil. O primeiro foi o acerto realizado pelo professor Victor de Britto, quando era provedor da Santa Casa de Misericordia. Havia 42 enfermarias na Santa Casa e 21 foram negociadas com A Faculdade de Medicina que se obrigavam a dar toda a assistencia medica e podiam nelas ensinar a clinica e cirurgia aos alunos e as especialidades médicas; Os titulares das enfermarias serão citados em outro trabalho especifico. Outra entidade que apoiou o ensino na Faculdade de Medicina foi O Hospital São Pedro, onde funcionavam a catedra de Psiquiatria e muitos outras relações que serão tambem relatadas. A Faculdade mantinha na segunda década de funcionamento instituições pioneiras como O Instituto Osvaldo Cruz, foi o primeiro Laboratório Clinico do Estado, era subvencionado pelo estado e alguns municipios. Instalado num prédio alugado na rua General Victorino, numero 2. fora fundado em 1911 ocasionou sua fundação foi a volta do Rio de Janeiro do Dr. Reynaldo Geyer que trouxe a técnica de Wassermann, para diagnosticar a sifilis, era mantido pela Faculdade, e atendia gratuitamente os doentes do Hospital São Pedro a da Casa de Correção. Sempre seu diretor era um professor da Faculdade de Medicina. E o terceiro era o Instituto Pasteur, que ficava numa casa alugada, em frente ao Hospital São Francisco, onde hoje esta uma garagem. Atendia gratuitamente pessoas com mordidas de cães hidrofobos e atendeu inumeras pessoas. Os alunos pagavam a taxa da matricula que no ano 1918 era de 350 reis para a medicina, 300 para farmacia, 250 para a odontologia e 150 para a obstetricia. Nicanor Letti - site: http://antoniovalsalvablogspot.com/

O professor Alberto de Souza

Nasceu em 14 de agosto de 1888, em Espirito Santo do Pinhal em São Paulo. Filho de Luiz Antonio de Souza e Alexandrina Amelia de Sousa. Cursou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e após a formatura tornou-se médico militar e como capitão foi transferido para a guarnição de Santa Maria no RGS. em 1910. Casou-se nesta cidade com a Srta. Helena Vauthier, filha do Diretor da Auxiliaire ou Estrada de Ferro do RGS. e continuou como médico clinico da Guarnição Militar. Em 1913, inscreveu-se para o concurso de Patologia Médica da Faculdade de Medicina e Farmacia de Porto Alegre. Teve como concorrente o Dr. Reynaldo Frederico Geyer, médico contratado pelo Laboratorio Pasteur da Faculdade de Medicina, com contrato para realizar exames sorologicos, no primeiro laboratorio de Porto Alegre, principalmente de sifilis, cujo técnica de Wassermann, fora introduzida no sul do Brasil por Geyer. Foi o concurso mais falado e discutido de toda a história da Faculdade de Medicina. Assistiram os exames públicos o Presidente do Estado Borges de Medeiros, Gustave Vauthier (sogro) de Alberto de Souza, e o capítalista americano Percival Farqhar construtor e proprietario da Estrada de Ferro -São Paulo-Rio Grande. inclusive da Auxiliaire. Geyer era anarquista militante, fundara junto com outros colegas, o jornal anarquista "A luta" e criara a Escola Elyseu Reclus para filhos de operarios e fora lider estudantil, de grande atividade. Mas tambem grande amigo de Sarmento Leite, e sob sua orientação o então doutorando Luiz Francisco Guerra Blessmann, estava realizando sua tese no Instituto Pasteur sobre "O complemento". Seria a primeira tese de imunologia do Brasil. Foi um concurso eminentemente politico. Venceu o Dr. Alberto de Sousa. Em 1913 foi professor de Patologia Médica e catedrático da mesma disciplina em 21.05.1914. No final da Primeira Guerra Mundial em 20.07.1918, foi para a Europa integrando inicialmente a Missão Médica Brasileira chefiada pelo Prof. Nabuco de Gouvea. Desde então realizou varias viagens para a Europa, onde dedicou-se a Otorrinolaringologia, frequentou cursos de Chevalier Jackson e comprou grande quantidade de material. Na primeira viagem sofreram de gripe espanhola. Dai sua esposa Helena começou a ter problemas pulmonares por TBC. Esteve na Suiça, mas Dna Helena faleceu em 1927, e Alberto transladou-a de navio para o Rio Grande do Sul. Reiniciou como professor e médico tendo consultorio em 1928, na Galeria Chaves junto com o professor Octacilio Rosa. Em 25 de abril de 1932 foi nomeado por decreto catedratico por ato do Governo Federal, de Clinica Otorrinolaringologica. Desde 1929 uniu-se com Anna Irma Dreyer e viajou muitas vezes para a Europa, onde possuia apatamento em Paris, totalmente montado e com um automovel Auto-Union, adquirido em Berlim. Frequentava a opera de Berlim e Paris. Viajaram por toda a Alemanha e Austria nos anos 30, e assistiram comicios de Adolf Hitler em Munich e os famosos funerais de Hindenburg. E voltaram ao Brasil reiniciando suas atividades. Mas em 1952, na vespera de embarcar no Rio, no navio "Augustus" sofreu crises de pressão elevada, e permaneceu disfasico, ficou seis meses numa clinica do Rio , e casou com Dna Irma Dreyer em 24 de agosto de 1952, melhorou, e voltou para Paris no vapor "Mistral".desembarcaram em Cannes. Tratou-se em Paris e em seguida com o neurologista Dr Albert. E voltou a assistir óperas viu Richard Strauss reger "Percival" de Wagner e esteve novamente em Bayreuth. Voltou para o Brasil adoentado, aposentou-se em 1956 e faleceu aos 73 anos em 31 de dezembro de 1961. Fontes: ficha pessoal na FM e depoimento da segunda esposa Irma Dreyer, Nicanor Letti- site:http://antoniovalsalva.blogspot.com/

Julio Velho e o inicio da Otorrinolaringologia

Original figura a deste filho do Rio Grande, falecido aos oitenta e nove anos.Nele, reuniam-se duas qualidades que com pouca frequencia se vem juntas. A par de eminente oftalmologista e otorrinolaringologista, destacado por sua intuição clinica, por sua facilidade no descobrir o mal do paciente, algumas vezes de diagnose dificil, e pela grande, rara mesmo, habilidade cirúrgica, era um dos mais completos campeiros que se possa imaginar - cavaleiro como poucos, laçador eximio, dono de todos os "segredos" do gaucho de raça. Aquele que, no fim de semana, se destacava por suas proezas na fazenda, durante os chamados dias uteis, com a mesma mão que empunhava o laço, estava a operar, com tranquilidade, segurança e leveza, uma catarata ou uma mastoide supurada. Os entendidos em matéria rural diziam - é um campeiro completo os que conheciam a clinica e a cirurgia afirmavam- é um modelo na arte de bem assistir aos clientes, desvendando-lhes as doenças ou operando - e aqui vai o parecer de um alto espirito, profundamente aperfeiçoado nos melhores centros europeus- ou operando como os grandes cirurgiões de Paris e Viena. Julio Velho foi o primeiro professor de otorrino, junto com Julio Hecker e Vicente Pereira. Em 1915, devido a Lei Maximiliano, a Otorrino separou-se da Oftalmo, desde então criou seus professores e seu ensino até nossos dias. Julio Velho foi primeiro professor. Em 1921 assumiu a cadeira interinamente o Dr. Albeto de Souza, que era professor de Patologia Medica. Dirigiu-a até 1926. Em 1927 e 28 foi professor Diogo Ferraz, tambem superintendia a Oftalmo. Em 1929 o Dr. Alberto de Souza, que com pequenas interrupções per-maneceu na cadeira ate 1952, e aposentou-se em 1956. Varios professsores foram docentes-livres, como o Prof. Ivo Kuhl, Antonio de Souza, Artur Mascarenhas, Alexandre Argolo, Valdemar Veras, Israel Schermann, foram professores voluntarios o Dr. Saul Fontoura, Alipio Copper e muitos outros. Nicanor Letti. site: nicanor.letti@terra.com.br.







o Dr. Olimpio Olinto de Oliveira

O Dr. Olinto de Oliveira acosta-se a um grupo de professores eminentes, mas em determinado momento, pediram sua retirada do corpo docente e foram continuar sua atividade em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Mario Degni, em brilhante concurso na cadeira de Tecnica Operatoria e Operações, tomou posse, escolheu auxiliares e como faltava, após muitas reclamações ele finalmente solicitou demissão, mais tarde Degni foi um grande Reitor da Universidade de Campinas na época um aluno brilhante, escreveu no jornal do Centro Academico, "O Bisturi", um artigo que reunia "os pecados da Faculdade de Medicina", incluia neles a situação de professores ausentes. Foi advertido pela Congregação. Outro professor Ary Borges Fortes neurologista, tomou posse, e até escolhera seus auxiliares, um deles foi o Dr. Cyro Martins, e como descreve Sergio Annes, a qualidade das aulas dadas pelo brilhante psiquiatra. Com a renúncia de Ary Borges Fortes, saiu o Dr. Cyro. Decio Soares de Souza, com concurso notavel, renunciou. Moyses Cutin depois de alguns anos, renunciou e voltou para São Paulo, Jose Hilario de Oliveira e Silva, reorganizou e criou com apoio do Diretor Jose Milano o Departamento de Cirurgia, trouxe um notavel cirurgião e criaram a cirurgia cardiaca no RGS, mas José Hilario renunciou e voltou para o Rio de Janeiro. Professores de muitos anos de docencia, O Prof. Annes Dias foi para o Rio por decreto do Presidente Vargas, e agora vamos descrever a saida da Faculdade do eminente Prof. Olinto de Oliveira. Fora paraninfo da primeira turma de doutorandos em 1904. Formou-se na Faculdade do Rio de Janeiro em 1888. "Das paralisias na Infancia" foi sua Tese. Com aprovação distinta. Regressou a Porto Alegre com 22 anos de idade Foi o primeiro professor de Pediatria da Faculdade de Porto Alegre. No ano da fundação da Faculdade era Presidente da Sociedade de Medicina. Assistiu a fundação do "Correio do Povo" em outubro de 1895 e escreveu neste jornal de 14.03.1896 a 22.09.1900, 66 artigos com o pseudomino de "mauricio bohem". A maioria sobre arte e musica, mas tambem de politica anti-positivista. Mas em 27 de setembro de 1898, na sessão de posse da nova diretoria da Sociedade de Medicina proferiu um discurso que desencadeou a luta dos médicos contra os principios positivistas na educação médica como havia sugerido Julio de Castilhos. Salientou Olinto, que o Brasil é o único país em que as doutrinas positivistas conseguiram dominar a esfera politica e profligou a tendencia de subordinar a essas mesmas teorias aos dogmas da escola de Comte, no ensino da medicina. Provou que o positivismo é a negação de todas as conquistas realizadas pela ciencia médica moderna. Não se pode entender o verdadeiro medico filiado a tal doutrina. E fez judiciosas conceitos sobre a incompatibilidade entre a medicina e o positivismo. E desencadeou a guerra que durou até a os principios de 1930. E sempre sustentou suas idéias contra os adeptos de Comte em inumeros debates. No seu caso eles duraram até 1917. Falecera o prof. Luiz Masson, professsor de Clinica Médica, era de praxe passarem professores para outra cadeira. Não se sabe a razão de Olinto ter solicitado a Congregação para assumir a clinica médica. E foi negado o seu pedido. Ele respondeu solicitando a demissão da Faculdade. Os estudantes protestaram, fizeram reuniãos e outras manifestações. E a diretoria da Faculdade concedeu-lhe o diploma de Professor Emerito. Consagrou-se no Rio com a divulgação da Pediatria pelo mundo. Fundou entidades etc. Existe uma historia de um namoro entre o jovem medico e de familia pobre o Dr. Raul Pilla, e a filha de Olinto. mas o pai rejeitara esta união. Ela casou no Rio de Janeiro. Pilla foi um solteirão, até a jovem enviuvar. Pilla, casou com a filha de Olinto. que já falecera. O fato existiu do casamento. Do namoro da juventude nunca apareceram provas. Nicanor Letti - site: nicanor.letti@terra. com.br.

Dizeres das Placas da Faculdade de Medicina

!. 1923 - Comemorando a Primeira Colação de Grau em Medicina no novo Edificio da Faculdade.
Aristoteles P. da Silva, Elyseu Paglioli, Pio M. Salgado, Ervin Wolffenbuttel,
Florencio Ygartua, Carlos V. Monteiro, Luiz B. Montojos, J. Sarmento Barata
Jorge Braga Pinheiro, Oscar C. Fontoura, Raul J. Bittencourt, Olavo M. D.
Fernandez, Antonio S,S,Rahme Allem, Mario A. Guimarães, J.Fernandes Peña,
Gastão B. Noronha, João Calleya, Jose Kokot, Sady Ribeiro, Anthero M Sarmento,
Jacy C. Monteiro, Dinaarte Silveira Martins, Alcides A. da Silva, A.Coelho Borges,
Jose Antonio Walmarath.

Ao Professsor Sarmento Leite

Homenagem dos doutorandos de 1923.


1926 - ..........aquele que chega por ultimo, trazendo a verdade é menos uma pessoa que
um simbolo.
Miguel Couto, Fernando Magalhães, Froes da Fonseca, J.C. Del Vecchio,
Octavio Torres, J. Adeodato.
Homenagem dos Academicos de Medicina 22-X- 1926

1933 - Ao Professsor Antonio Austregesilo, Iniciador e cultor maximo da Neurologia
moderna no Brasil -
Homenagem do Centro Academico de Medicina - 3-07-1933

1937 - Segundo Congresso Brasileiro de Oftalmologia.
Correa Meyer

1937 - Diz este Bronze da passagem por esta casa, de GREGORIO ~MARAÑON,
espirito luminar e homem consagrado à Causa Admiravel da Humanidade

Homenagem Sincera dos Academicos de Medicina. Abril de 1937.

1938 - Aos Eminentes Mestres F.Volhard e P. Huebschmann

Homenagem da Faculdade de Medicina - outubro de 1938

1938 - Ao eminente Mestre da Oftalmologia Contemporranea
Dr. F. Arruga - Homenagem dos corpos docente e discente
desta Faculdade - Agosto de 1938

1938 - R. Pitanga Santos

Insigne Mestre Brasileiro - Realizou nesta Faculdade memoravel
Curso de Proctologia - 1938

1938 - Intercambio Cultural Uruguaio-Brasileiro- Homenagem A.L Surraco
P. Purriel, C.Stajano, Herrera Ramos e Universitários outubro de 1938.

1940 - Intercambio Cultural Uruguaio-Brasileiro - Homenagem
A. Garcia Otero, Pedro Barcia, Velasco Lombardini, Enrique Anaya,'
Agustin Gordero e Jose Estable. Maio de 1940.

1941 - Alejandro Schroeder - Agosto de 1941.

1941 - ......È preciso trabalhar, trabalhar com abnegação, com desinteresse,
trabalhar como trabalham as abelhas, que fabricam o mel, não para
si, mas para a colmeia. (Palavras do Pres, Getulio Vargas)

Homenagem do segundo Congresso Nacional de Tuberculose.
12 a 19 de outubro de 1941.

1948 - Bernardo Houssa´- Premio Nobel de Medicina 1947, Pofessor Honoris
da Universidade do Rio Grande do Sul. Homenagem do CASL
24-07-1948

1945 - A VICTORIO DETANICO, como marco de gratidão das gerações medica
que por aqui passaram. Homenagem do CASL - outubro de 1945.

1951 - IV Congresso Sul-Americano de Neuro-Cirurgia 1951 Brasil
Elyseu Paglioli

1953- Homenagem do CASL aos colegas: Claudio J. Tischler, Elias J. Chami.
Pedro Reginatto, Roque de Marco. Desaparecidos heroicamente em janeiro de 1953.

1953 - 'A memoria do Emerito Higienista - Prof. Fernando Freitas e Castro -
IX Congresso Brasileiro de Higiene Porto Alegre´- novenbro d 1951.

1959 - O CASL homeenageia na pessoa do DR. ANGEL GARMA, Pioneiro e propulsor
da Psicologia Medica na America Latina- O corpo docente do Primeiro Seminario
Estudantil Latino-Americano de Psicologia Medica. 2 a 21 março de 1959.

1961 - Ao Ilustre Prof. Thomaz Mariante
A homenagem e gratidão do CASL- junho de 1961

1964 - XIII Jornada Braileira de Puericultura e Pediatria.
Porto Alegre 8-14 de novembro de 1964.

1967 - Homenagem aos Professores PAULO LUIS VIANNA GUEDES E
DAVID ZIMMERMANN -no ano que se comemora o decimo
aniversario dos cursos de especialização em Clinica Psiiquiatrica.
Porto Alegre,22-12-1967. A direção da Faculdade de Medicina
Os alunos dos cursos.

8o anos da Faculdade- Carlos Candal dos Santos

Em 1978, no dia 25 de julho, A Faculdade de Medicina completava 80 anos. A Diretoria fora transferida para o Hospital de Clinicas e se acomadara em duas amplas salas no primeiro andar.O Diretor Prof. Carlos Candal dos Santos, lutava para organiza-la, a biblioteca já estava instalada no Hospital e funcionava adequadamente. Mas o arquivo histórico, o maior e mais documentado do Brasil, estava amontoado no porão do predio do Hospital, em local inadequado e sem os cuidados necessarios para sua manutenção. Nomeou-me de supervisor do acervo naquele ano. E organizamos na sala ao lado da Diretoria uma pequena amostra histórica do acervo da Faculdade. Foi um sucesso, poucos tinham a noção dos inumeros documentos, fotos, pastas com todos os concursos realizados etc. Na abertura da exposição, estiveram muitos professores, inclusive o Prof. Paglioli que fora o Reitor e o grande incentivador para o término das obras do Clinicas. O Dr. Candal dos Santos, abriu a exposição com um notavel discurso. Transcrevemos a parte principal pelo teor historico dos dados apresentados pelo brilhante diretor ha 31 anos. Disse Candal: Em todo o transcurso do seculo XIX, as armas praticamente nunca chegaram a ensarilhar-se no Continente de São Pedro. Inclue-se a decenaria Guerra dos Farrapos e a Revolução de 1893 etapa militar decisiva na consolidação da Republica, andava ainda o Rio Grande a lavar-se do sangue vertido, nesta ultima refrega quando veio a luz a nossa faculdade de medicina. Porto Alegre e seus muncipios ao lado do Guaiba chegavam teriam 60.ooo hab. e o numero de médicos não chegava a quarenta. Extrair dessa ambiência uma Faculdade de Medicina, foi uma mágica surpreendente pois no quinquenio 1895-1900, foram criadas quatro instituições de ensino superior, todas originárias da iniciativa privada, Em ordem cronologica as
Escolas de Farmacia, Engenharia, Medicina e Direito. E foi um milagre com rapidez impondo-se a toda a Nação. Respeitosamente e silenciaram quando em carta Julio de Castilhos atribuiu aos principios positivistas que nortearam a constituiçao de 1891 e a estadual escrita por ele e permaneceu até o Governo Vargas. É facil imaginar o que terá sido esta escola ao nascer. Destinada a enfrrentar seus primeiros anos de vida dentro de uma penuria extrema e de luta contra os lideres positivistas. Muitos foram os entreveros, mas tal como um junco, verga até o chão sob a furia do vendaval mas não quebra. Assim se portou a Faculdadeate o surgimento de um lider ainda jovem que se dedicou a sua sobrevivencia: foi Eduardo Sarmento Leite da Fonseca. No periodo de governo de Carlso Barbosa foi doado o terreno junto ao Parque Farroupilha para construir a nova Faculdade . Este trabalho durou 13 anos. E Faculdade progrediu inexoravelmente. A ideologia positivista que queria destrui-la, seus dirigentes desapareceram. E ela sempre vigorosa esta aí como a primeira faculdade de Medicina particular do Brasil e a terceira a se fundada no Brasil.

O Prof. Tauphick Saadi

Relembro sua personalidade marcante e ainda o vejo caminhando descompassado pelos corredores da Faculdade de Medicina, gingado e sempre sorrindo, espelhando a alma limpida e sincera que possuia. De fala agradavel, mansa e argumentativa, procurando sempre as causas e finalidades de tudo, e retendo no olhar interrogativo as meditações das longas discussões. De dialogo facil, sem pernosticidade, desfazia de imediato as apreensões de qualquer tipo, sobre todos os temas abordados, aberto e sem constrangimentos. Era um ecletico. A excelente formação humanistica e filosofica fornecia-lhe uma ironia fina e inteligente que se igualava a de Fernando Carneiro, visitante semanal ou bisemanal, da Anatomia. E inumeras vezes assisti suas discussões. Carneiro interrogava-o sobre seu passado de militante politico. Ele não se furtava a explicar o espirito do partido que abraçara na década de trinta e comentava todos os pensamentos de Miguel Reale, o ideologo do movimento. Tinha orgulho do seu passado, mas o espigaçava com ironias terriveis, mas eram imediatamente contestadas, gaguejando, mas fluim acompanhadas de um largo sorriso relaxante. E citava Maquiavel: "as republicas que em tempos de perigo não pode recorrer a uma ditadura, arruinar-se-ão quando ocorrerem graves situações". Construiu um esquema de ensino, pelo método dos problemas, que não se limitou a teorização, mas foi colocado em pratica, sendo o primeiro a utilizar filmes, feitos pelo Dr. Ghezzi, colega anatomista e apaixonado pela filmagem médica. Sabia introduzzir o aluno no primeiro ano, na tematica clinica e fazia-o sentir-se médico. Partia de um caso clinico objetivo e ensinava anatonia dizendo: a finalidade não é a descoberta e a compreensão da estrutura no cadaver mas no vivo. Dai os alunos apreciarem suas lições. Era mais importante o aluno aprender a apalpar uma estrutura no vivo que no morto e fazia apanagio da aplicação dos metodos clinicos na anatomia. De origem humilde, formado em medicina, inclusive foi um dos grandes gagos que passaram pela Faculdade, viu-se de repente , médico em Vacaria. Tanto trabalhou, lutou e estudou que vacariano ficou pelo resto de sua vida. A adoção municipalista, que apreciava de coração, e sempre que lhe diziam sobre a proliferação de faculdades, dizia irônico ao Prof. Milano
membro do Conselho Federal de Ensino, "olha Milano querem botar uma Faculdade na Vacaria!" Entusiasta da vivissecção de animais com a finalidade de facilitar o entendimento da construção das estruturas no vivo, tinha cuidado excessivo em anestesia-los devidamente. A riquissima exemplicação feita ao ensinar, entusiamava os alunos, e nunca mais esqueciam as comparações: ao mostrar o musculo psoas com suas inserções chamava-o de "filé mignon"aos musculos das goteiras vertebrais, quando bem seccionados eram as "chuletas". A musculatura adutora das coxas tinha função importante, no coito inter-femuris, provocava as gargalhadas nos moços e elas coravam. Tinha predileção em ensinar divertindo e mostrava suas dificuldades, interrogando-os à queima roupa: o nome dos limitantes da tabaqueira anatomica, do canal de Hunter, do triangulo de Pirogoff etc. Era um apaixonado pela demonstração e estudo da circulação colateral de orgãos e membros. Talvez por falta de um desenvolvimento de uma circulação colateral do seu boníssimo coração, veio a falecer. Foi a ironia antomica da vida, efemera e fragilima de nossos orgãos. Era tão bom de carater, que chegava a irritar O Prof. Milano, que lhe dizia: "se tivesses nascido mulher, viverias grávida , pois não sabes dizer não."Tinha predileção pelos alunos criativos. Os que não se conformavam com as técnicas de trabalho utilizadas e ofereciam novas ideias, logo recebiam atenção especial de Tauphick. Dividia so alunos em : criativos, conformados e involutivos. O espirito de criatividade, embora criasse problemas ao ensino, quebrava a rotina e era de grande valor para professsores e alunos. Os conformados recebiam passivamente os ensinamentos e muitos tornaram-se bons profissionais. Mas as grandes vocações foram sempre encontradas nos alunos que esforçavam-se em ser criativos. A cirurgia e a clinica dizia, são ciencias que requerem grande criatividade para serem executadas. Repetia aos alunos uma frase de Nieizsche"Esta é minha verdade. Agora dize-me a tua". Sabia que os resultados do ensino pratico so apareciam apos a formação e amoldagem psicologica do estudante. E que não existia gratificação a curto prazo por parte dos alunos, mas não deixava de aproveitar o entusiamo de vestibulandos vitoriosos pelo credito que colocavam na profissão liberal que haviam abraçado. Ensinava-lhes que as profissões liberais cumpriam um papel indispensavel em toda e qualquer ordem social. Ao nivelaram-se todos, no primeiro ano de medicina, durante seis anos, teriam oportunidades iguais e aqueles que soubessem aproveita-las nos momentos de estudo, na dedicação ao trabalho, certamente, mais cedo ou mais tarde, teriam seus meritos recompensados. Lembrava sempre uma frase de Joaquim Nabuco na sua aula inaugural:"as sociedades não vivem pela riqueza acumulada, vivem pelo trabalho".Pela sua cultura, urbanidade, pelo trato ameno e encantador, pela sua simpatia pessoal e raciocinio cientifico logico é que sentimos sua falta. O hiato que deixou ainda não foi preenchido, pois uma das coisas mais dificeis, no meio universitario da atualidade , é a formação de um professor como foi Taupchick Saadi. Na Eternidade continue as magnificas tetulias com o Frei Pacifico de Belevaux, que em horas decisivas da vida de Tauphick, buscou-o, achou-o e oconduziu de volta ao rebanho critão. A frase de Comte"Os vivos são cada vez mais governados pelos mortos" aplica-se ao nosso grande amigo e mestre. Nicanor Letti - site: http:/aantoniovalsalva.blogspot.com/
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Historia da Tisiologia no RGS.

Em 1903, Balbino Mascarenhas em Pelotas preconizou uma Liga contra a Tuberculose. Em 1905, por iniciativa de Jose Pereira da Silva e com o apoio de Protasio Alves, Jose Carlos Ferreira, Deoclecio Pereira, Olinto de Oliveira e outros, foi fundada A Liga Social contra a tuberculose. Caldas Junior em 1908, pelo "Correio do Povo" fez campanha para um anexo da Santa Casa para tuberculosos. Não vingou. Mas Arquimedes Fortini, convenceu o provedor de empregar o dinheiro nas enfermarias 21 e 22 para melhorar a situação dos tuberculosos. Renato Barbosa foi o primeiro tisiologista do RGS. dedicou-se exclusivamente ao tratamento da tuberculose. Em 1920 seguiram seus passos Jose Ricaldone, Gaspar Farias, Jose Borba Lupi, Augusto Sisson, Carlos Bento, Henrique Faillace, Armando Lannes Xavier, Nicolino Rocco, Madeira da Rosa. Adolfo Josetti, fizera um curso na Alemanha com o descobridor do Bacilo, R. Koch, e no seu hospital - Casa de Saude Bela Vista, fez o primeiro pneumotorax artificial terapeutico. Hoje é o Hospital Militar. A primeira frenicectomia cervical foi realizada por Otacilio Rosa, e em Alegrete A.Sisson a repetiu. Em 1942 Sisson realizou a frenicectomia por via transpleural e Jose Ricaldone já havia feito por endoscopia , cortando as aderencias, repetindo a tecnica de Jacobeus. Em 1931 as toracoplastias para- vertebrais foram realizadas por Guerra Blessmann e Homero Fleck. Na época os tisio-cirurgiões foram: João Correa Neto, Cesar Avila, Marino Aguado, Elyseu Paglioli, Luis F. Vieira, Luiz Martim, Vespasiano Correa, Artur Pereira,, Isaias Naitch, Tauphic Saadi, Vicente Maia Filho, Ivan Faria Correa, Renan Oliveira, Ruy Fortini.Sisson iniciou o pneumotorax extrapleural em 1936. Depois varios médicos realizavam o pneumoperitonio. Danilo Tschiedel, em 1944 junto com Jose J.M. Weber deram um curso de broncoscopia diagnostica e terapeutica. Ivo Kuhl e David Lima instalaram em 17 de março de 1950, no Hospital São Francisco, O Serviço Especializado de Brocoscopia, seguindo-se o de Lucio Maia Pavani que começou as provas funcionais do aparelho respiratorio. Em março de 1958, na cadeira de Terapeutica, do Prof. Eduardo Faraco, foram inauguradas as instalações para o estudo da mecanica respiratoria , sob a responsabilidade técnica de Normelio Nedel e Noe Zamel. Jandyr Maya Faillace e Joaquim Travassos em 1927 fizeram estudos importantes sobre a inocuidade do bacilo de Calmette-Guerin. O mesmo fazia Pereira Filho. Todos usavam originais da"Amostra Moreau", Em 20 de fevereiro 1928, foi calmetizado um recem-nascido filho de bacilifero. A vacinação foi realizada por Jandyr Maya Fallace e Piaguaçu Correa. Um mes apos o Professor Jose Pereira Filho, na presença do Presidente do Estado Getulio Vargas, fez a premonição de um infante, no dispensario "Antonio Fontes"que fora recem terminado como anexo do Instituto de Bacteriologia rio-grandense. Jose Conceição em 1946 obteve o BCG liofilizado e entrou em produção no Instituto de Pesquisas Biologicos. Newton Neves da Silva conseguiu preparar 249.935 doses de O.10 g de vacina BCG. O médico Cesar Santos era deputado estadual durante a Constituição de 1946 e conseguiu aprovar uma emenda do artigo 143 das Disposições Transitorias com a seguinte texto. " O Estado proverá em Lei sobre a vacinação pelo BCG, como parte da Campnha contra a Tuberculose" A luta contra a doença cresceu com a politica do sanitarista Jose Bonifacio Paranhos da Costa, no DES surgiram os Dispensarios com os médicos:Gaspar Ferreira, Edmundo do Nascimento. Augusto Sisson, Cristiano Buys, Tulio Rapone Nelson de Souza e outros.O primeiro aperelho de abreugrafia do RGS. foi o do Centro de Saude numero 1, cabendo a Gaspar Ferreira e Edmundo do Nascimento interpretar os filmes. Em 1934 preocupados com a tuberculose, a sociedade junto com os médicos relizaram uma reunião memoravel no Cine Teatro Coliseu sobre a decisão de construir um Hosital para Tuberculosos. E decidiram escolher a comissão das obras formada: Pres. Manoel Jose Pereira Filho, vice. Antonio Saint-Pastous, Jose Ricaldone, Oscar Pereira, Carlos Bento, Gaspar Farias, Alcides Gonzaga,Paulino Gonçalves e Nicolo Rocco. Fabio de Barros e Raul Di Primio sugeriram, a opinião de Fabio, de construi-lo no Bairro de Belem Velho. Foi adquirido o vasto terreno da Familia Velasco. em 3 de maio de 1934, foi lançada a pedra fundamental em ato presidido pelo Presidente do Estado Jose Flores da Cunha. Foi muita luta, inclusive a população carregou os postes para iluminação durante um domingo, e foi inaugurado festivamente em 1940, na época foi o maior sanatorio da America Latina. Foram seus primeiros tisiologistas com chefia João Costa Netto. A.A.Gomez Del Arroyo, Elias Buaes. E espalhou-se pelo RGS Postos, pequenos centros para tratar tuberculos. Até, a partir de 1954, as atividades didaticas surgidas com a criação da catedra de Tisiologia da Faculdade de Medicina, da UFRGS, entregue ao Dr Jose Fernando Carneiro. Nicanor Letti - site: nicanor.letti@terra, com.br