O Dr. Olinto de Oliveira acosta-se a um grupo de professores eminentes, mas em determinado momento, pediram sua retirada do corpo docente e foram continuar sua atividade em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Mario Degni, em brilhante concurso na cadeira de Tecnica Operatoria e Operações, tomou posse, escolheu auxiliares e como faltava, após muitas reclamações ele finalmente solicitou demissão, mais tarde Degni foi um grande Reitor da Universidade de Campinas na época um aluno brilhante, escreveu no jornal do Centro Academico, "O Bisturi", um artigo que reunia "os pecados da Faculdade de Medicina", incluia neles a situação de professores ausentes. Foi advertido pela Congregação. Outro professor Ary Borges Fortes neurologista, tomou posse, e até escolhera seus auxiliares, um deles foi o Dr. Cyro Martins, e como descreve Sergio Annes, a qualidade das aulas dadas pelo brilhante psiquiatra. Com a renúncia de Ary Borges Fortes, saiu o Dr. Cyro. Decio Soares de Souza, com concurso notavel, renunciou. Moyses Cutin depois de alguns anos, renunciou e voltou para São Paulo, Jose Hilario de Oliveira e Silva, reorganizou e criou com apoio do Diretor Jose Milano o Departamento de Cirurgia, trouxe um notavel cirurgião e criaram a cirurgia cardiaca no RGS, mas José Hilario renunciou e voltou para o Rio de Janeiro. Professores de muitos anos de docencia, O Prof. Annes Dias foi para o Rio por decreto do Presidente Vargas, e agora vamos descrever a saida da Faculdade do eminente Prof. Olinto de Oliveira. Fora paraninfo da primeira turma de doutorandos em 1904. Formou-se na Faculdade do Rio de Janeiro em 1888. "Das paralisias na Infancia" foi sua Tese. Com aprovação distinta. Regressou a Porto Alegre com 22 anos de idade Foi o primeiro professor de Pediatria da Faculdade de Porto Alegre. No ano da fundação da Faculdade era Presidente da Sociedade de Medicina. Assistiu a fundação do "Correio do Povo" em outubro de 1895 e escreveu neste jornal de 14.03.1896 a 22.09.1900, 66 artigos com o pseudomino de "mauricio bohem". A maioria sobre arte e musica, mas tambem de politica anti-positivista. Mas em 27 de setembro de 1898, na sessão de posse da nova diretoria da Sociedade de Medicina proferiu um discurso que desencadeou a luta dos médicos contra os principios positivistas na educação médica como havia sugerido Julio de Castilhos. Salientou Olinto, que o Brasil é o único país em que as doutrinas positivistas conseguiram dominar a esfera politica e profligou a tendencia de subordinar a essas mesmas teorias aos dogmas da escola de Comte, no ensino da medicina. Provou que o positivismo é a negação de todas as conquistas realizadas pela ciencia médica moderna. Não se pode entender o verdadeiro medico filiado a tal doutrina. E fez judiciosas conceitos sobre a incompatibilidade entre a medicina e o positivismo. E desencadeou a guerra que durou até a os principios de 1930. E sempre sustentou suas idéias contra os adeptos de Comte em inumeros debates. No seu caso eles duraram até 1917. Falecera o prof. Luiz Masson, professsor de Clinica Médica, era de praxe passarem professores para outra cadeira. Não se sabe a razão de Olinto ter solicitado a Congregação para assumir a clinica médica. E foi negado o seu pedido. Ele respondeu solicitando a demissão da Faculdade. Os estudantes protestaram, fizeram reuniãos e outras manifestações. E a diretoria da Faculdade concedeu-lhe o diploma de Professor Emerito. Consagrou-se no Rio com a divulgação da Pediatria pelo mundo. Fundou entidades etc. Existe uma historia de um namoro entre o jovem medico e de familia pobre o Dr. Raul Pilla, e a filha de Olinto. mas o pai rejeitara esta união. Ela casou no Rio de Janeiro. Pilla foi um solteirão, até a jovem enviuvar. Pilla, casou com a filha de Olinto. que já falecera. O fato existiu do casamento. Do namoro da juventude nunca apareceram provas. Nicanor Letti - site: nicanor.letti@terra. com.br.
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