Faculdade de Medicina da UFRGS

O professor Alberto de Souza

Nasceu em 14 de agosto de 1888, em Espirito Santo do Pinhal em São Paulo. Filho de Luiz Antonio de Souza e Alexandrina Amelia de Sousa. Cursou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e após a formatura tornou-se médico militar e como capitão foi transferido para a guarnição de Santa Maria no RGS. em 1910. Casou-se nesta cidade com a Srta. Helena Vauthier, filha do Diretor da Auxiliaire ou Estrada de Ferro do RGS. e continuou como médico clinico da Guarnição Militar. Em 1913, inscreveu-se para o concurso de Patologia Médica da Faculdade de Medicina e Farmacia de Porto Alegre. Teve como concorrente o Dr. Reynaldo Frederico Geyer, médico contratado pelo Laboratorio Pasteur da Faculdade de Medicina, com contrato para realizar exames sorologicos, no primeiro laboratorio de Porto Alegre, principalmente de sifilis, cujo técnica de Wassermann, fora introduzida no sul do Brasil por Geyer. Foi o concurso mais falado e discutido de toda a história da Faculdade de Medicina. Assistiram os exames públicos o Presidente do Estado Borges de Medeiros, Gustave Vauthier (sogro) de Alberto de Souza, e o capítalista americano Percival Farqhar construtor e proprietario da Estrada de Ferro -São Paulo-Rio Grande. inclusive da Auxiliaire. Geyer era anarquista militante, fundara junto com outros colegas, o jornal anarquista "A luta" e criara a Escola Elyseu Reclus para filhos de operarios e fora lider estudantil, de grande atividade. Mas tambem grande amigo de Sarmento Leite, e sob sua orientação o então doutorando Luiz Francisco Guerra Blessmann, estava realizando sua tese no Instituto Pasteur sobre "O complemento". Seria a primeira tese de imunologia do Brasil. Foi um concurso eminentemente politico. Venceu o Dr. Alberto de Sousa. Em 1913 foi professor de Patologia Médica e catedrático da mesma disciplina em 21.05.1914. No final da Primeira Guerra Mundial em 20.07.1918, foi para a Europa integrando inicialmente a Missão Médica Brasileira chefiada pelo Prof. Nabuco de Gouvea. Desde então realizou varias viagens para a Europa, onde dedicou-se a Otorrinolaringologia, frequentou cursos de Chevalier Jackson e comprou grande quantidade de material. Na primeira viagem sofreram de gripe espanhola. Dai sua esposa Helena começou a ter problemas pulmonares por TBC. Esteve na Suiça, mas Dna Helena faleceu em 1927, e Alberto transladou-a de navio para o Rio Grande do Sul. Reiniciou como professor e médico tendo consultorio em 1928, na Galeria Chaves junto com o professor Octacilio Rosa. Em 25 de abril de 1932 foi nomeado por decreto catedratico por ato do Governo Federal, de Clinica Otorrinolaringologica. Desde 1929 uniu-se com Anna Irma Dreyer e viajou muitas vezes para a Europa, onde possuia apatamento em Paris, totalmente montado e com um automovel Auto-Union, adquirido em Berlim. Frequentava a opera de Berlim e Paris. Viajaram por toda a Alemanha e Austria nos anos 30, e assistiram comicios de Adolf Hitler em Munich e os famosos funerais de Hindenburg. E voltaram ao Brasil reiniciando suas atividades. Mas em 1952, na vespera de embarcar no Rio, no navio "Augustus" sofreu crises de pressão elevada, e permaneceu disfasico, ficou seis meses numa clinica do Rio , e casou com Dna Irma Dreyer em 24 de agosto de 1952, melhorou, e voltou para Paris no vapor "Mistral".desembarcaram em Cannes. Tratou-se em Paris e em seguida com o neurologista Dr Albert. E voltou a assistir óperas viu Richard Strauss reger "Percival" de Wagner e esteve novamente em Bayreuth. Voltou para o Brasil adoentado, aposentou-se em 1956 e faleceu aos 73 anos em 31 de dezembro de 1961. Fontes: ficha pessoal na FM e depoimento da segunda esposa Irma Dreyer, Nicanor Letti- site:http://antoniovalsalva.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Parabéns pelo interessante artiigo! Também me interesso pela história dos alunos e professores da Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Gostaria de saber onde encontro as fichas pessoais destes Drs.

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