A posse de Getulio Vargas , governador do Rio Grande do Sul em 25 de janeiro de 1928 foi inedita. Realizou-se no Salão Nobre da Faculdade de Medicina e Pharmacia de Porto Alegre. Não conseguimos saber a razão da escolha. A luta contra a liberdade profissional prevista na constituição castilhista, era a principal exigencia da classe médica, nunca atendida por Borges de Medeiros. O Rio Grande foi durante 35 anos o principal destino de inúmeros charlatães europeus. O Sindicato Médico nasceu para combater essa situação. Cremos na atuação do higienista Dr. Belisario Penna, admirado por Vargas pelo trabalho no combate da malária endemica no litoral norte gaucho. Tendo dizimados as populações das colonias de São Pedro e São Paulo, junto a Torres, formadas de imigrantes. Conseguiram a vinda da Fundação Rockfeller para aplicação dos antimalaricos e conseguiram sua extinção. Vargas desejava a paz com a classe medica e anular a posição borgista de respeitar a liberdade profissional da constituição de 1891, escrita por Julio de Castilhos de filosofia positivista. Getulio, apos assumir desceu a noite e foi assistir uma reunião da Sociedade de Medicina, sendo recebido num ato de apoio aos medicos. E, em 1932, como presidente decretou a regulamentação da profissão médica, decreto-lei ate hoje em vigor. O decreto fechava a Faculdade Medico-Cirurgica, faculdade borgista, fundada em 1915, com prédio proprio no Alto da Bronze, onde mais tarde funcionou a Auditoria Militar do RGS. Ademais criou a Banco do Rio Grande, e mandou repassar todos os creditos da Viação-Ferrea e do Banco Pelotense para o recem fundado do Estado. Atraiu o principal funcionario do Pelotense e montou a famosa Assembleia Geral onde foi decidida a encampação do Banco Pelotense. Costumava receber pessoas de Pelotas pedindo sobre o Pelotense. Ele não ouvia, pois estava sempre lembrando a morte do seu sogro, gerente do Pelotense em São Borja, quando não seguindo uma orientação do Banco, suicidou-se. Vargas estava em Uruguaina trabalhando como advogado. Foi a São Borja, acompanhou a abertura do cofre do Banco, e afirmou que a familha tinha creditos para levantar as dividas do sogro. Nas inumeras publicações sobre Vargas esquecem do episodio do suicidio do sogro. Em 1929 Vargas viaja para as colonias italianas e inaugura uma ponte sobre o rio das Antas e em Antonio Prado aparece numa fotografia junto com o intendente municipal e outras pessoas. Nicanor Letti
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