O professor Fábio Nascimento Barros, nasceu em Uruguaiana 28 de agosto de 1881, foi médico, cronista, jornalista, critico de arte e colaborador da imprensa gaucha desde 1900. Foi o primeiro catedrático de Fisiologia da Faculdade de Medicina e Farmacia .Em 17.o2.1908 submeteu-se ao concurso para catedrático de Fisiologia. E foi aprovado com distinção. Na última prova: Sobre a Fisiologia do sistema nervoso foi pública, estiveram presentes o presidente do Estado Dr.Carlos Barbosa, tomou acento entre os profs. Serapião Mariante e Candido Reis fiscal do Governo da União. Organizou o ensino e viajou para a Europa e trouxe uma série de instrumentos para as aulas práticas, guardados até hoje no pequeno museu da Fisiologia. Essa cadeira médica ainda permanece no prédio da Rua Sarmento Leite, apesar da nova sede das outras disciplinas estarem no campus médico. Escreveu e publicou em livretos pela Livraria do Globo os seguintes assuntos: "Sobre a existencia de uma síndrome choroide autonoma" "Hemanestesias Organicas - síndrome talamico" e "Fisiologia dos plexos coroides". Escreveu uma ópera "Esmeralda" e em fevereiro de 1898, foi cantada por Stela Teixeira no Teatro São Pedro, com musica de Fabio de Barros e João C. Fontoura e libreto de V. Oliveira, Arnaldo Damasceno Vieira e Velasco Vereza. Escreveu " O ritmo da arte", uma conferencia em 1908, "A liberdade profissional no RGS - a medicina e o positivismo" foi uma conferencia. Saudou com um notavel discurso o professor frances em visita a Porto Alegre "Saudação ao Prof. George Dumas na Fac. de Medicina" em 1917. Escreveu e publicou o discurso Abertura oficial dos cursos, em 1924. Em 1944 escreveu "Colheitas" cronicas e comentarios com 327 páginas. Usava em artigos de jornais e outros escritos o pseudonimo "Severiano Serra". Escreveu Paolo de Gouvea do "Correio do Povo" a saida de Olinto de Oliveira que comentava as artes e a musica, surgiu seu sucessor Fabio de Barros, um grande conhecedor da música. Tornou-se famoso apos de uma de suas criticas ter atacado a obra de Puccini, a quem classificou de compositor mediocre, e manteve acesa polemica, mostrava com cliches e pautas do romantico criador de "La Boheme" e "Tosca". Foi um latinista eximio e declamava Cicero, Ovidio e Virgilio. E um dia a veneranda Dona Dolares Alcaraz Caldas, convidou-o para dirigir o jornal. Fabio de Barros assumiu a direção do "Correio do Povo". Ele faleceu em 5 de março de 1952. Tinha 71 anos. Nicanor Letti. site: nicanor.letti@terra.com.br
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