O irmão Joaquim fundou a Santa Casa de Porto Alegre. Nasceu em 20 de março de 1761 em Florianópolis e morreu num navio, ao largo de Marselha, em quarentena de peste bubonica.
Em 1829. Foram sessenta e oito anos de caridade. A máquina social anda pela soma das virtudes humildes e dos méritos anônimos. Sua verdade era ajudar os pobres. Tinha 29 anos quando a Revolução Francesa lançou o brado de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". E o Diretório mandava guilhotinar os supostos inimigos da humanidade. No século vejo-o como o rumeno Panait Istrati de Kyra Kyralina e dos Cardos de Barragam, do italiano Ignacio Silone de "Fontanara" e "Pão e vinho" e do americano John Steinbeck das "Vinhas da Ira". Todos dedicaram sua obra aos pobres abandonados, aos "cafoni" e beijaram os leprosos como afirmou François Mauriac. Joaquim não só escrevia ao papa mas viajava até Roma, solicitando a instalação de instituições religiosas para para atender os pobres. Morreu no retorno de uma delas. Sacrificou sua vida monástica para a solidariedade humana silenciosa e humilde. Saiu pelo mundo como a poeira é do vento e as folhas o são das ondas. Abrigando doentes e fundando Casas Santas, fundou o Hospital de Caridade de Florianópolis, o Seminário de Santa Ana de Itú e a Santa Casa de Porto Alegre. E caminhou a pé entre as duas cidades. Foi valido do Imperador Pedro II, confiando-lhe a educação dos orfãos. Sabia que a igualdade é isonomica na doença e na morte, mas a desigualdade um fato. Joaquim deu-lhe um leito, um teto, um prato de sopa. Uma roda para as crianças rejeitadas. A bondade é tão suave para a alma que o homem bom estima tudo o que lhe falta e engrandece tudo o que deseja.
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