Nas duas Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, nos anos 30 do século passado já tinham regularizado sua equiparação com o Governo Federal e eram remunerados pelo Erário Público. A nossa do RGS continuava particular. Mas a Congregação um determinado dia após a Revolução de 1930, reuniu-se para decidir a questão. Foram escolhidos por unanimidade os professores: Antonio Saint-Pastous de Freitas, Alberto de Sousa e Mario Totta. Foi decidido tambem que os professores iriam de avião. Totta tinha medo de voar. Mas converseram e ele aceitou. Mas Saint-Pastous preparara tudo pelo alto conceito que detinha junto aos funcionários do Palacio do Catete. Após falar com Vargas ele passou os papéis para seu secretário, disse para o Dr. Totta, o Sr. foi meu médico numa gripe violenta em 1907, quando era estudante de Direito. E todos comfraternizaram. O auxiliar que examinara o pedido, sugeriu para Vargas solicitar a presença do médico gaucho, deputado federal, para encaminhar o assunto para a Camara dos Deputados, apos isso Vargas prometeu assina-lo e tomar as providencias junto aos Ministérios envolvidos nos pagamentos. E pediram para procurar o Dr. Raul de Bittencourt para receber as instruções para seu trabalho na Camara dos Deputados. Mas foi dificil encontrar o dr. Raul, morava na Ladeira da Ascurra, finalmente de idas e vindas, falamos com o deputado, que ficou honrado com tal incumbencia. Voltamos a Porto Alegre, onde fomos saudados desde então os professores e funcionários foram pagos pela Delegacia Federal. Nicanor Letti site: nicanor.letti@terra.com,/
A Oficialização da Faculdade de Medicina
Mario Tottta, professor da Faculdade de Medicina, recem concursado, catedrático, resolveu ir ao Rio de Janeiro pedir ao Ministro Osvaldo Aranha a oficialização da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, pois desde sua fundação foi reconhecida como as faculdades da Bahia e dol Rio. Aranha recebeu-o cordialmente, e ouviou seus argumentos e remeteu-o ao Ministro da Educação Belisário Penna, este mandou-o para o Dr. Aloisio de Castro, Presidente do Conselho Nacional da Educação. Leu o bilhete e disse-lhe ser impossivel de atende-lo pois era inconstitucional. E desarmou o Mario Totta. Voltou para o gabinete do Osvaldo Aranha e contou o acontecido. O Ministro chamou o Luiz Aranha (Lulu Aranha) e lhe disse: Lulu, vai com o Mario ao gabinete do Aloisio e dize-lhe que lavre hoje mesmo o decreto de oficialização da Faculdade de Medicina de Porto Alegre. O professor Aloisio ficou pasmo quando Lulu lhe disse: O Ministro "ordena" que seja lavrado hoje mesmo o decreto de oficialização da Faculdade de Porto Alegre. Aquela ação rápida funcionou. E ficamos sós no gabinete. Depois de algum tempo Aloisio disse: eu não sei redigir o decreto. Vice sabe? perguntou ao Mario Totta, e ele respondeu: eu sei. Pois então dite-o para minha datilógrafa. Ditei, ele assinou e eu retornei ao gabinete de Osvaldo Aranha. Deixa-o aí que eu levarei para o Getúlio. No mesmo dia um telegrama de casa pedia meu retorno com urgencia por problemas na maternidade. Conseguí no mesma noite embarcar sem me despedir do Osvaldo Aranha. Em alto-mar recebi um radiograma : Dr. Mario Totta: Escola oficializada. Por que não esperou, seu fujão? O.Aranha. Depois a chegada em Porto Alegre Recepção na Escola e Banquete no Clube do Comércio, onde foi saudado pelo grande orador Fábio de Barros.
Nicanor Letti - site: nicanor.letti@terra.com/
Professor, a sabedoria de ser amavel
José Paulo Bisol, escreveu este texto notavel sobre o professor, e eu o transcrevo. Aplica-se ao assunto desse blog. - Pode não ser amado mas não pode não ser amavel. Não digo amavel apenas pela lhaneza de espírito, pelo trato ameno, pela agradavel simplicidade; nem o digo estritamente no sentido do digno de amor; digo-o na denotação de, digno ou não de ser amado, o professsor é amavel como portador de uma qualidade que rechaça a possibilidade de indiferença afetiva do educando. Os maus, os secos com suas almas de graveto e folha morta, os amarelos de coração, os isentos por antecipação, os gelados equidistantes, os equipolentes com seu reizinhos na barriga, esses que me perdoem nunca foram professores, só fazem figuração, desenrolando seus conceitos na escola como quem desenrola linguiça no mercado. Não há figura mais petulante, com seu fedor espiritual de naftalina, sua aura de fera assexuada, sua assepsia de intangibilidade, seu mofo de alfarrabio e sua inefabilidade de metáfora conotando que a sabedoria é uma poção milagrosa que se bebe para envelhecer e ficar importante. Para comunicar conceitos, teorias, esquemas, teoremas, estruturas, equações, diagramas, o melhor professor é o eletronico; para armazenar conecimentos, a melhor memória é a do computador; para mostrar o real, o melhor veiculo é o cinema e o televisor, e assim por diante. A única coisa que a máquina não ensina melhor que o homem é ser homem hoje, definitivamente, um professor, se é professor, é professor de felicidade. O grande professor do comportamento maquinal do homem é a máquina, e é por isso que o nosso mundo é mesmo um mundo cibernético, e o grande professor do comportamento humano do homem é o homem. Eu disse: o homem, não o narciso das citações em lingua extrangeira, não o que precisa de um rolo de papel higienico para desfilar todos os seus títulos curriculares, não o que suga os cofres do povo em viagens de estudos que só são viagens de estudo porque sem o ser seriam deliciosos ´passeios pelo mundo. Não conheço parasita mais deletério que o professor bem visto pelos poderes instituidos, que circula de bolsa em bolsa pelo mundo inteiro e jamais ensina nada, mesmo porque quando se relaciona com alunos brasileiros, não perde ocasião de lhes fazer compreender que seus cérebros são primitivos e não passam de sacos de serragem. Professor mesmo é o professor de felicidade, O resto a circunstancia ensina melhor. "A circunstancia só nos ensina como se trabalha uma circunstancia para torná-la mais docemente afeiçoada ao homem. Digo circunstancia para significar a natureza e o que o homem, pela cultura, lhe acrescentou. E digo que o professor é professor na medida em que sabe desafogar os afogados, desobumbrar os obumbrados, orgulhar os humilhados, remodelar os esmagados. Sim, admito o conceito, trata-se de modelar mas nunca modelar para a ideologia, nunca modelar para a mecanica da ordem estabelecida, nunca modelar para a adequação às estruturas que não são eternas. Tudo isso é eletronico, é cibernético,e, se for o caso de uma aprendizagem indispensavel, tudo bem, acionem os robos e toquem pela frente, nem sou contra, pelo amor de Deus. Sou contra o professor que ensina o medo, a submissão, o conformismo; o professor que comprou a verdade absoluta, o sacralizador da obediencia, o santificador do passado, o glorificador das arcádias, o adulador dos poderosos e o ruminador da prudências e das covardias. Professor para mim é parteiro; desentranha o homem, arranca o homem das entranhas, obriga-o a espelir-se da caverna. Não existe educando em razão de uma clausura. Alguma coisa o deixa de lado de fora da vida. O drama do educando é criar-se as condições para alcançar a vida. Alguma coisa o retém no escuro estranhos vínculos o prende a inércia, ressequidas estopas entopem sua garganta e obscu ras chuvas de óleo empastam suas asas e impedem seu võo. Todo educando é um homem escondido, um ser com medo de emergir, um mágico aterrorizado com a idéia da impossibilidade de ativar os seus poderes, uma sede que não sabe beber, uma grandeza indeflagrada. Não importa quais sejam os grilhões, mas seu tornozelo foi aferrado à rocha do horror por uma ou duas entre milhares de razões; ou porque algum autoritarismo paterno o esmagou, ou porque algum racismo peçonhento o marginalizou, ou porque a vergonha de uma história familiar tripudou sobre ele ou porque a pobreza o aviltou, ou porque o sexo o desonrou, ou porque a competição o apequenou, ou porque lhe faltou afeto e agora lhe falta confiança, ou porque na hora crucial uma gargalhada mofou dele, ou porque vivem dizendo que o irmão é mais inteligente, ou porque não consegue vislumbrar com nitidez a virtude materna, ou porque lhe ensinaram a comparar e invejar, ou porque não lhe permitem estupidamente ser o segundo, ou porque lhe introjetaram reliogiosamente não sei que súcubos ou íncubos, conforme o sexo, e assim por diante eis aí a etiologia psicanalitica que é mesmo um nunca acabar. O professor deve desfolhar essas sombras. Gastar todos os algodões do afeto limpando o oleo das asas. Desenferrujar as ferragens para restabelecer as aberturas. Repassar o trator sobre as estradas em desuso. Aliviar das estopas as gargantas. Acender as lâmpadas, filtrar as águas, espancar as nuvens, desanuviar os horizontes. Dizer-lhes, palpitando, com a voz embargada pela verdade pessoal, que é realmente importante ser homem, que é absolutamente gostoso estar no mundo, que as coisas são surpreendentes, que os homens são fabulosos, embora as aguas sejam turvas, embora as dores geram gritos, embora o amor sangre sob a crueldade, embora a miséria material e moral seja intorelavel. Não, o professor não diz a vida. Isso é para conferencista insípido e furungador de arquivos. O professor não diz para o aluno, olha aqui, essa é a vida, toma-a entre as mãos e converte os possiveis que estão ao teu alcance em realidade: não, o professor não diz a vida nem a vive como se devesse ser o exemplo o padrão existencial. Nada disso. O professor faz a vida. É o seu dever de raiz, fazer viver a classe, viver a classe e fazer o aluno vive-la não como classe mas como vida convivida.Agora achei, é isso aí, o professor mesmo faz a vida do educando conviver com a sua, faz de sua vida um tronco, um feixo luxuriante em torno do qual se desdobrem as vidas compungidas de seus alunos. Ele chega e não pesa, é gesto e ensina a voar. Ele chega e abraça e vai dissolvendo a distancia. Ele chega e dança e se faz a alegria de andar lado a lado com os outros. Ele chega e sua voz derrama sonatinas nos silencios. Ele chega e é óleo alcanforado, é impulso para os tímidos. Sua disciplina não é o silencio é o dialogo, sua, seriedade não é rictus, é o sorriso; sua lição não é o conceito, é a vida.A vida e sua beleza, a magia. A vida é sua pungencia, e sofrimento. É por isso que eu digo, o professor pode não ser amado mas não pode não ser amavel. Nicanor Letti site nicanor.letti@terra. com/
A Solidão dos que caem -Luiz Giacobbo
Vez por outra, tomamos conhecimento, particularmente ou através da mídia, de pessoas que estiveram bem na vida e das quais hoje pouco ou nada se fala. Aparentemente ricas e felizes, gozavam de prestígio. Cortejadas e badaladas, tinham os seus nomes constantemente nas colunas sociais, De repente sopraram os ventos do infortúnio. E os dias de glória deram lugar a momentos de dificuldade e, até mesmo, de solidão. Quando tomo conhecimento de algum fato semelhante, me lembro de uma sentença apropriada a tais situações: "Há sempre solidão em torno de quem cai".E o cair não vale apenas para quem foi porventura, mal de negócios. Cai o politico, que não se reelege. Cai o artista que não sobe mais ao palco ou deixa de aparecer na televisão. Cai o desportista quando pendura as chuteiras ou a raquete. Cai a máscara da vaidade, da presunção, do orgulho. Cai o dia para dar lugar a solidão da noite. Caiu Jesus por tres vezes ao peso da cruz, sem que aparecesse um amigo, sequer, para ajudar a carregá-la. Caímos nós todos quantos, chegadoss à velhice, já aposentados, olhamos em derredor e, praaticamente não conhecemos mais ninguém. Nem ninguém nos conhece mais. Ou finge não nos conhecer. Bem, voce não tem mais poder. Não pode mais distribuir favores. Servir de pistolão. Dar emprego. Você, embora não se tenha dado conta, é um cidadão comum. Como milhares de outros que transitam pela rua. Acode-lhe , então, um sentimento de frustração. De vazio. Finalmente, caiu o pano. Que fazer?....Cair em depressão? Não. Chega de queda, É hora de dar a volta por cima. E tornar ao que realmente tem valor. À família. Aos amigos de verdade. Às coisas simples e boas da vida. Que não custam nada e dão tanta satisfação. Sobretudo voltar para alguem de quem você, talvez, estava esquecido. Deus. Voltar, como disse o Rei Davi, para Deus que alegrou sua juventude. Você se sentirá, então, rejuvenescido. Deixando, sem ressentimentos, que outros subam ao palco. E desfilem. Afinal (que bom), voce agora é só espectador. Nicanor Letti -site nicanor.letti@terra,com.
A Selva do mundo acadêmico- C.Steinberg
Depois de passar cinco anos na elevada posição de professor efetivo de uma universidade de ´prestígio, não consigo entender por que os meus ex-colegas da industria encaram com inveja a minha nova ocupação. A maioria deles aplaude a "coragem" que tive de abandonar um cargo lucrativo de executivo, e lamenta não ter fibra para sair da corrida de ratos, em troca dos bosques tranquilos de Academo. Asseguro a esses colegas que sua idéia de juma universidade pouco se parece com a realidade, e a noção de que encontrarão tranquilidade no mundo academico é um completo engano. Não se deve dar ouvidos as historias sobre punhaladas nasádico costas em Madison Avenue.São uma sopa rala em comparação com o caldo de feiticeiras que os professores sabem preparar na atmosfera enganadoramente amena do campus. Em suma o mundo academico pode ser uma selva mais aterrorizante do que a verdadeira selva, onde os predadores matam por uma necessidade natural de alimentar-se. O pessoal academico em ação tem um instinto para atingir a jugular que é movido pela combinação mortifera da ambição implacavel com o puro e simples prazer sádico e malévolo. A demolição de uma tése ou da reputação de um colega consome uma quantidade enorme de tempo e energia que poderia ser dedicada ao cuidado dos interesses próprios ou (pensamento atroz) ao atendimento dos estudantes. Essa selvageria sem remissão é acompanhada por um clima de terror, que se não é produto de uma imaginação neurótica, vem imposto de fora pela constante pressão para completar o doutorado e publicar uma tese, dentro de um limite definido de tempo. Reitera-se com frequencia que o malogro na execução de ambas as tarefas resultará na perda do emprego. Não importa que a vitima seja um professor dedicado. Sem a efetividade (conceito correspodente a nossa antiga cáttedra) não ha segurança e a lei irrevogavel é "para cima ou para fora". A fim de evitar esse holocausto a solução é publicar, seja o que for. Se for consesgujida uma reimpressão pode-se dizer que estamos salvos. Quase tão importante quanto à publicação é ser membro de uma das várias comissões que proliferam por todos os lados. Ha uma comissão para cobrir toda e qualquer possibilidade lógica que possa surgir. Embora pouco realizem, atendem a varias finalidades uteis. Ser membro, uma oportunidade de serviço necessaria para avançar na carreira. As comissões satisfazem os egos famintos de poder. Acima de tudo, constituem uma maneira conveniente de pôr de lado os problemas durante periodos indefinidos evitando tomar decisões. Por estranho que pareça, durante cinco anos pouco ouvi falar sobre as necessidades dos esudantes. Ensinar e aprender são coisas raramente mencionadas. Ao contrário, a questão candente é, em geral, a que envolve ação politica contra os malfeitos - reais ou imaginários da administração. Essa é a inimiga e o alvo especial dos professores que operam por trás do santuário permanente da efetividade. Quando a administração enfrenta um probleema, ela é autocrática e má, mas quando evita faze~lo é pusilanime. Como professor efetivo em plena efetividade, consideram~me feliz por ser imune a tais pressões. Na verdade, nenhuma corporação de negócios pode gabar-se de ter uma autoridade executiva sequer remotamente comparavel em arrogancia e poder à do professor efetivo. Em vista disso, muitos dos meus sacrossantos colegas desprezam totalmente os seus pares, monstram-se autocráticos com os estudantes e tendem a gastar a maior parte do seu tempo com projetos proprios ou atendendo consultas de fora. Snow disse, certa vez que o mundo academico era uma comunidade de "estranhos e de irmãos". Na verdade, a descrição cabe melhor `hierarquia executiva das corporações. Apesar da luta pelas posições, apesar da incrivel capacidade que alguns tem de serem bem sucedidos sem realmente fazerem esforço, os homens da organização corporativa tem um senso de lealdade e obrigação que revela um instinto moral. É um profundo choque descobrir que na acadenia a ética e as obrigações não passam de coisas....acadêmicas. Na desesperada necessidade de publicar ou perecer, na luta selvagem pela efetividade, forma-se uma combinação letal de ambição e malicia que passa por cima dos estudantes e degrada a ideia do que uma universidade deveria representar. É por isso que concito os meus ex-colegas a aferrarem-se a seus postos de executivos, por mais precários que sejam. A grama não é mais verde nos jardins de Academo, e a urtiga pode ser realmene venenosa. Nicanor Letti site: nicanor.letti@terra.com.
A cátedra de Urologia da FM da UFRGS
O primeiro catedrático de Urologia foi o Dr. Homero Kroef Fleck, formado na Faculdaade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre em 1926. Foram seus colegas Adalberto Saldanha Simões, Antonio Bottini, Antonio Peyrouton Louzada, Arthur Carlos Kliemann, Clovis Itaqui Trindade, Doris José Schlater, Euclydes dos Santos Moreira, Francisco de Paula Ferreira da Cunha, Galeno de Queiroz Gomes, Gastão Gonçalves Lopes, Henrique Estacio Fischer, José Ferreira da Silva, Luiz Gabriel Fayet, Norman Sefton, Oddone Eugenio Frederico Marsiaj, Oscar Telles Ferreira, Wolfram Metzler.Foi paraninfo da turma o Prof. Eduardo Sarmento Leite da Fonseca. Homero Fleck nasceu em 27.06.1903. Era filho do cel. Theobaldo Fleck, um borgista ex-prefeito de Taquara, e de Avelina Fleck. Foi casado com Maria de Lourdes Bica de Medeiros, filha única do médico Alfeu Bica de Medeiros. Sua esposa lhe sobreviveu. tiveram tres filhos: o médico Alfeu Medeiros Fleck, Gilberto M. Fleck que faleceu com 28 anos, e Maria Luiza casada com Theodoro Saibro. Homero Fleck nasceu em 27.o6.1903. E ao cursar a Faculdade foi interno das enfermarias de Sarmento Leite e de Protásio Alves. Esteve no Rio acompanhando o Prof. Brandão Filho nas suas cirurgias. Viajou tambem a Paris, Berlim e Viena nos serviços de urologia dessas capitais. Em 1932 submeteu-se ao concurso de Docência-Livre de Urologia. A banca foi composta de: Guerra Blessmann, Martim Gomes, Frederico Falk e Diogo Ferraz. E foi aparovado em todas as arguições. Dedicou-se muito ao estudo da Tuberculose Renal. Em 1935, foi relator do tema Insuficiencia Renal na cirurgia urinária. Quando o interventor Daltro Filho, , teve um tumor na bexiga, foi operado com sucesso por Homero Fleck, e foi atentido em conjunto com os Profs. Alfeu Bica de Medeiros e Antonio Saint-Pastous de Freitas. O intenventor trocou o pagamento pela construção do Pavilhão Daltro Filho da Santa Casa. Foi inaugurado em 1942 e servia de localização de vários serviços e dobrou a área de ensino médico para a Faculdade de Medicina. Portanto, O Instituto Anatomico em 1909 e 1942 a Santa Casa, permitiu aumentar as áreas de ensino. Este último pelo serviço de Homero Flek e dos clinicos. Foram seus assistentes na Urologia: o Dr. Luiz Sarmento Barata, Alberto Vianna Rosa, Gildo Russowski, Dante Westphalen e Carlos M. de Assis. O chefe de Clinicas era o Dr. Adayr Eiras de Araujo.Homero Fleck foi um dos mais dinamicos presidentes do Sindicato Médico. Em 1935 a Urologia abriu o concurso para docencia livre. Em 3 de dezembro de 1935, apresentaram-se os Drs. Luiz Sarmento Barata e Adayr Eiras de Araujo, a banca foi composta: Martim Gomes, Homero Fleck, Huberto Wallau, Argemiro Dornelles e H. Varnieri. Foram ambos aprovados. Após o falecimento de Homero Fleck foi aberto concurso de títulos para professsor interino. A Congregação julgou os titulos, e apos o parecer do Prof. Jacy Monteiro não aceitou os de Alberto Rosa. E a contestação de Rosa em 1947 não foi acolhida. Alberto Rosa fizera docencia em 1947. Finalmente se realiza a abertura para o concurso de cátedra em 19 a 23 de agosto de 1957. Com candidato único o Dr. Luiz Sarmento Barata. A banca escolhida pela Congregação foi: Jacy Carneiro Monteiro, Cesar Augusto da Costa Avila, Alcindo Figueiredo Baewe, Alvaro Sant'Anna, Arminio Sala Meda. O candidato foi aprovado com média 8.4. Foram docentes-livres da Urologi a os seguintes médicos: Thirso dos Santos Monteiro (1954), Rubem Knijnik(1956)Oscar Paulo Rheigantz Pernigotti(1959),Walter Jose Koff(1976), Jorge Alberto Amaral Isaacson./O prof. Barata foi tambem o primeiro diretor do Pronto Socorro. NicanorLetti. site: nicanor.letti@terra.com
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