1988- Carta de Alvarino da Fontoura Marques
Um gaúcho anti-nazista
A primeira entidade médica do RGS.
1928-Posse de Vargas no salão Nobre
A posse de Getulio Vargas , governador do Rio Grande do Sul em 25 de janeiro de 1928 foi inedita. Realizou-se no Salão Nobre da Faculdade de Medicina e Pharmacia de Porto Alegre. Não conseguimos saber a razão da escolha. A luta contra a liberdade profissional prevista na constituição castilhista, era a principal exigencia da classe médica, nunca atendida por Borges de Medeiros. O Rio Grande foi durante 35 anos o principal destino de inúmeros charlatães europeus. O Sindicato Médico nasceu para combater essa situação. Cremos na atuação do higienista Dr. Belisario Penna, admirado por Vargas pelo trabalho no combate da malária endemica no litoral norte gaucho. Tendo dizimados as populações das colonias de São Pedro e São Paulo, junto a Torres, formadas de imigrantes. Conseguiram a vinda da Fundação Rockfeller para aplicação dos antimalaricos e conseguiram sua extinção. Vargas desejava a paz com a classe medica e anular a posição borgista de respeitar a liberdade profissional da constituição de 1891, escrita por Julio de Castilhos de filosofia positivista. Getulio, apos assumir desceu a noite e foi assistir uma reunião da Sociedade de Medicina, sendo recebido num ato de apoio aos medicos. E, em 1932, como presidente decretou a regulamentação da profissão médica, decreto-lei ate hoje em vigor. O decreto fechava a Faculdade Medico-Cirurgica, faculdade borgista, fundada em 1915, com prédio proprio no Alto da Bronze, onde mais tarde funcionou a Auditoria Militar do RGS. Ademais criou a Banco do Rio Grande, e mandou repassar todos os creditos da Viação-Ferrea e do Banco Pelotense para o recem fundado do Estado. Atraiu o principal funcionario do Pelotense e montou a famosa Assembleia Geral onde foi decidida a encampação do Banco Pelotense. Costumava receber pessoas de Pelotas pedindo sobre o Pelotense. Ele não ouvia, pois estava sempre lembrando a morte do seu sogro, gerente do Pelotense em São Borja, quando não seguindo uma orientação do Banco, suicidou-se. Vargas estava em Uruguaina trabalhando como advogado. Foi a São Borja, acompanhou a abertura do cofre do Banco, e afirmou que a familha tinha creditos para levantar as dividas do sogro. Nas inumeras publicações sobre Vargas esquecem do episodio do suicidio do sogro. Em 1929 Vargas viaja para as colonias italianas e inaugura uma ponte sobre o rio das Antas e em Antonio Prado aparece numa fotografia junto com o intendente municipal e outras pessoas. Nicanor Letti
Diversas - Faculdade de Medicina da UFRGS
O Olfato no Rio Grande do Sul
O salgamento da carne verde e sua secagem no sol, ocasionaram uma prospera industrialização no Estado e nas Republicas do Prata. O charque era a proteina básica e barata para alimentar os escravos no século dezenove, e o principal produto exportado pelo RGS. A maioria das cidades do sul e de todo Estado giraram da atividade das charqueadas. Estas industrias eram fontes de terrivel mau cheiro que perturbava a vida dos habitantes e de muito queixume junto as autoridades. Saint-Hilaire no dia 14 de setembro de 1820, afirmou ao passar pela cidade de Rio Grande, "apesar de ter cessado ha meses a matança nas charqueadas, sentia-se ainda nos arredores um forte cheiro, pode-se fazer ideia como seria na epoca das matanças. No ano de 1830 havia mais de 10 charqueadas nos limites urbanos na cidade de Pelotas. Desde a Tablada onde se negociava o gado ate os confins da cidade sentia-se cheiro intenso que em página magnifica Alcides Maya descreve: "Ao cheiro corrupto da sangueira coalhada, aos charcos, da courama nas estacas, das guampas em acervo dos estrabos, dos ventres decompostos, o gado à distancia voluteava em sobresalto instintivo, nauseado e aflito a mugir".O mesmo Saint-Hilaire ao subir o Jacui em 14 de maio de 1820, passando pela estancia do Curral Alto, escreveu sobre a charqueada ali existente: "a fase da matança havia terminado ha muito tempo, contudo a carne no chão e as visceras do gado, putrefatas, espalhavam forte mau cheiro" Em inumeros povoados gauchos, junto aos seus vilamentos funcionaram durante o século dezenove e parte do vinte grandes charqueadas. Nicolau Dreys, viajante europeu do seculo dezenove, descreveu todo o trabalho de uma charqueada e anota esta pagina curiosa "o certo é que, fora da estação da matança, uma charqueada não tem nada que repugne a vista, e sempre dizemos de estabelecimento bem administrado, nada se acha que ofenda ao olfato, não dizemos de um sibarita, mas de qualquer homem não prevenido nem efeminado". Este viajante fora prevenido sobre o cheiro que sentiria. e chamou de efeminados os que não suportavam o cheiro de uma charqueada. Em 1858, Roberto Avé-Lallement viajando pelo sul do Estado, descreve as margens do rio Pelotas; "Nas ribanceiras estendem-se estabelecimetos de carater verdadeiramente romantico, a certos respeitos, mas, o outro lado, realmente repugnante. Em toda a região ha um cheiro horrivel de carniça. Por mais aprazivel que seja o porto de Pelotas; por mais longas e retas e em parte bonitas ruas que tenha a cidade a um quarto de milha acima, neste matadouro extingue-se qualquer impressão de graça e limpeza, em toda a parte cheira mal". Em 1914, Juvenal Dias da Costa, proprietario do "Saladeiro da Serra" em Santa Maria, face as reclamações de toda a cidade contra o cheiro que sua Industria exalava, na época das matanças, solicitou uma opinião ao Dr.Astrogildo de Azevedo de como solucionar o problema. O médico estudou a situação e achando que o cheiro advinha do liquido que estravasava dos couros, das graxeiras, e dos subprodutos ao serem lavados, sugeriu que cavassem um grande poço, coberto, onde as aguas servidas se infiltrariam. O proprietario apresentou esta ideia para ser analisada pelo eng. Gustave Vauthier, diretor da Viação Férrea, ao Intendente Municipal e ao Dr. Jose Mariano da Rocha. Este último entretanto, declarou "que seria um poço typhico que iria infecionar toda a charqueada e a cidade e era preferivel não fazer nada".Mais adiante declarou "o cheiro faz mal ao nariz, mas não faz mal a saude". A verdade é que o saladeiro perturbou por mutos anos a vida pacata daquela cidade, sendo motivo de intensa polemica das paginas dos jornais, envolvendo todos os aspectos do problema, mas não conseguimos apurar como foi solucionado. Em 1869 uma firma de Pelotas ganhava um premio pelo fabrico de sabões, banha e sebo. Industrias emitentes de fumaças com cheiro de gordura queimada e muito desagradavel. Vitor Valpirio, jovem escritor pelotense, em 1874 e 75, conhecia o trabalho nas charqueadas, descreve em dois contos; "Pai Felipe" e "A Filha do Capataz" todo o ambiente daquelas industrias com suas olencias caracteristicas. Pedro Wayne na décade de 30 vivendo junto as charqueadas de Bagé, escreveu a obra classica sobre este assssnto e assim inicia a novela."Luiz nunca tinha entrado numa charqueada. Sabia apenas que era um lugar onde os passageiros dos trens baixavam apressadamente as janelas por causa do fétido insuportavel. Parecia que havia no ar, dissolvidas em amoniaco todas as catingas que existem, tão penetrantes e nauseabundas emanações exalavam". Finalmente foi implantada em nosso Estado a Fabrica de Celulose, famosa "Boregard" que imitia uma fumaça com cheiro tipico e conforme o vento ela se espraiava por toda a capital do Estado. Era o gas sulfidrico, depois de muitas reclamações foram colocados filtros adequados e resolveu o problema. Os neuro-fisiologistas demonstraram as relações intimas existentes no cerebro dos mamiferos principalmente do homem das partes perceptivas e integrativas do olfato e do lobulo limbico, tambem denominado cerebro visceral, cujo disfuncionamento origina as molestias psicossomaticas. A literatura sempre refletiu a problemática do homem e do seu ambiente. No Rio Grande do Sul atraves da sua historia o cheiro foi uma constante e sempre refletiu as etapas do processo industrial. Reynaldo Moura é o "poeta do olfato dos gauchos, descreve em suas novelas e poesias com admiraveel sensibilidade as emanações olfativas. Ao orvalho chama-o de suor: O suor azul da madrugada, torna mais lúcido o perfume dos jardins, na neblina rosada ha estrelas que parecem derramar sobre a terra umida a ternura de uma agonia aromal. No poeminha do cimento armado, usa esta imagem: "há um cheiro morno de velocidade". Tudo para o poeta tem olfato e sua vivencia voluptuosa manifesta-se em torno da percepção olfativa. Fala no "cheiro da messe, na sensação aromal da vida esparsa e do cheiro de polen. Ao interrogar a vida, perguntando: o que somos? utiliza exemplos onde sua olfação manifesta-se como atividade central de suas funções gnosicas: Por que os junquilhos, tem cheiro de carne após o banho e o feno morto nos depositos tem exalações perturbadoras não permanecem sempre acesos como as fogueiras subterraneas da vida?
A intensa vibratibilidade poetica ele a manifesta atraves do olfato e não utiliza a visão cromática como a maioria dos poetas: Os teus cabelos distantes das minhas mãos tinham o perfume dos anjos em revoada. Ao descrever o corpo de Nora, quasi nua, uma meia nudez obscena, cheiro cinico de sexo apos o banho, tudo isso agora é o meu mundo. Na novela "Um rosto noturno", utiliza o cheiro para acionar as funções mnésticas da sua cortex cerebral: no momento não pensei, mas agora procuro fixar este instante, penso nesta relação entre o cheiro e o passado, a memória olfativa, o que a mesma me sugere. sentido na sua unidade, à boca do frasco, cada perfume possui individualidade propria, nitidamente delimitada e inumana, dissociada de qualquer forma de vida. Mas sentido através da pessoa que o usa, é como um prolongamento carnal da personalidade, participada emanação de cada um. Psicoanaliticamente esta emanação pode ser coletivizada, o cheiro da industria de celulose, que intermitentemente impregna nosso ambiente inalatório, se superpõe a personalidade do estrangeiro que veio explorar nossa riqueza e poluir nossos ares. Trouxe o progresso e a destruição espoliativa, dai a solidariedade coletiva de repudio. A multidão assim a sente diz Reynaldo Moura: Depois os homens aglomerados se dilataram em multidão numa curiosidade mórbida, como um formigueiro humano. Havia no ar um cheiro de pó e suor. No "Romance do Rio Grande" usa esta expressão: "um cheiro de mulher e de vida noturna de infima classe" ou "um cheiro de sujeira humana, um cheiro de miséria entrava-me denso e gorduroso, pelas narinas. Era também o cheiro da vida que se esvai e se derramava, liquida, elo exterior de si mesmo. Na porta do meu apartamento ainda parei, escutando. Dera a volta com a chave yale.e, pela porta entreaberta estava sentindo meu proprio cheiro, o cheiro dos meus charutos, dos meus livros, do meu refugio particular, que se escapava la de dentro e vinha me receber na porta. E mais adiante; devia ter nas roupas, pelo corpo adquirido pelo contagio o cheiro imundo de fermentação humana. Suas recordações da infancia são relembradas atravez do olfato como se fossem uma aura epileptica substituindo novamente a visão cromática pela descrição do olfato das coisas."cheiro de cavalo misturado ao ar cru e vivo dos campos entardecendo" ou quando ia a fazenda, redescobria a realidade do Rio Grande. O seu cheiro, os seus silencios de solidão, o seu verde em tropel,os seus mugidos, a galopada de sua respiração infinita. A relação fisiologica intima entre o olfato e a gustação ele analisa quando descreve um velho politico gaucho: "a cuia de mate na mão, o charuto cheiroso entre os dedos e a boca". No "Romance no Riogrande", ao possuir Elzita em pleno campo, ele é epilepticamente todo olfato: "o cheiro de Elzita era o mesmo do capim pisado e do vento do campo, enquanto nos,nos cavalgavanos como dois animais, entre exclamações que pareciam curtas gargalhadas de desespero. Era isso, era bem isso o amor. Esse gostar do cheiro, esse querer estar para sempre perto, essa confusão das vidas ondulando. Cheirava meus dedos quase adormecendo. E sentia como era intima a relação entre esse profundo odor carnal e a voz escura de Elzita e seus cabelos negros e o moreno macio de sua pele". Nas manifestações limbicas do homem o cheiro desagradevel aciona nossos mecanismos agressivos, enquanto que os odores agradaveis nos trazem paz e harmonia. No decorrer de nossa evolução econômica sempre estiveram presentes as emanações fetidas de uma ou outra maneira, ao lado da beleza de nossas paisagens. Talvez isto tenha influenciado o comportamento dos nossos habitantes que são ardentes na pugna e gentis com seus semelhantes.
Carta sobre Ramiro Fortes Barcellos
Clima e doenças respiratorias
A historia do Dr. João Afonso Josetti
O Coronel Falcão
Este trabalho é uma sintese perfeita da relaçãoo banco-charqueador-frigorifico estrangeiro contra os fazendeeiros.Confirma Aureliano o papel do bancario junto ao atravessador: pelos gerentes os charqueadores sabem quais os fazendeiros estaqueados nas conta-correntes. Então carga nos encalacrados. Adquirindo os gados por uma miseria, estão abertos os preços da safra. E todos tem que sobmeter-se ao formidavel truste. E o charqueador a engordar. Rapidas fortunas de milhares de contos de reis. O fazendeiro, o pequeno produtor a perder dos seus rodeios e de suas pessoas, graxa, sebo, copuro, cabelo e miudos. A peonagem das trtropas e dos saladeiros tem resuzidas suas diarias, porque o boi baixou. Justamente quando o industrial do esta fazendo ouoro do suro alheio. Mais tarde . Alcebiades de Oliveira ao descrever o esplendor e aqueda da Banco Pelotense, com a frieza dos numeros e das estatisticas, coonfirma as observações de Aureliano F. Pinto. Pela profundidade dda analise sociologica, oela riqueza neologistica, pela sintese freuddiana dos personagens, simbolizada no orneio do "Meritissimo" o Coronel Falcão de Aureliano é uma bomba literaria da decada no Rio Grande do Sul e, talvez do Brasil" no dizer de Jose H Darcanal.
Sinais da Carotidinia
2. Irradiação da dor para a base da lingua e para a região amigdaliana
3. Irradiação para o ouvido
4. Agravamento da dor pela deglutição ou pelos movimentos cervicais.
5. Febre baixa.
6.queixas de quentura na face com flushing no mesmo lado.
7. bifurcação carotidia palpavel,pulsatil, dolorosa.
8, Sedimentação elevada.
Dez regras para falar na televisão
ser voce mesmo, ou não imite ninguem, mas não deve se construir num "personagem, dizer as coisas claramente. Os principios basicos da cultura ocidental são cinco."inventio, dispositio, elocutio, actio e memoria" Inventio é encontrar o que dizer, dispositio é organizar aquilo que se pensa. Oralidade é a cultura da Tv. Os dez principios basicos de como se comportar na Tv:
1. nunca olhar para a telecamara
2. falar de maneira simples e clara
3. Não falar mais que meio minuto sobre cada assunto
4. Não contar historietas e não aventurar-se sobre conceitos
5. Não faça gestos a Tv enfatiza por si mesma
6. De a impressão que voce sabe escutar
7. Aprenda a administrar o silencio.
8. Nunca franzir a testa
9. evite acavalar principalmente as pernas.
10. Quando tiver de olhar o interlocutor faça-o não mais que dez segundos.
senes - Senado - A casa dos velhos
Leis da migração epitelial do timpano
2. Na membrana flácida superior, a epiderme migra e se espalha para a parede do canal. Um goticula de nanquim no centro da pars flacida, rompe-se em pequenos fragmentos que se movem radialmente a partir do ponto original. A pars flacida não tem função auditiva e regula a pressão da caixa timpânica.
3. A proliferação da epiderme , quando estudada junto ao processo curto do martelo (não confundir com o longo), processa-se em ondas mas na direção superior do canal e na parte posterior.
4. Estas ondas de proliferação da pele timpanica não é uniforme, mas é mais rápida ma porção postero-superior e inferior.
5. Nunca se obsevou proliferação da pele do canal na direção do timpano. Isto contraia uma afirmação frequente que a pele do canal é que prolifera e provoca colesteatoma nas perfurações timpanicas posteriores
6. Esta é a importância da pele da membrana e não a do conduto.
O melhor trabalho de ORLseculo XX
Escrito em St.Louis,MO.USA. junho de 1952. É uma analise multidisciplinar, sobre linguistica, acentuação, pronuncia tipica das varias regiões do Brasil. Este tipo de trabalho é peculiar para cada lingua. Tivemos a grande ventura de termos nossas troqueias, escolhidos a dedo e de maneira cientifica, antes do funcionamento dos cursos de Fonoaudiologia. Portanto a audiologianacional, tinha desde 1952, listas de palavras foneticamente balanceadas e monossilabos mais usados para analise quantitativa do entendimento auditivo. Considero o melhor e mais útil traballho realizado no Brasil no seculo. Viabilizou os testes fonológicos no Brasil, e igualou-os cientificamente com os melhores centros de audiologia. Deu-se um grande salto com o trabalho. No meu entendimento pelo seu ineditismo, alcance pratico deve ser considerado o melhor do século.
A gravata Grená - O Banco Pelotense
O Guarda-Louça Gaucho
Anatomia moderna da Mucosa Nasal
que são deglutidas. O outro epitélio tambem contem liquidos e cilios que propulcionam o muco,
em forma de ondas bem determinadas, e é onde as glandulas mucosas e serosas depoem suas secreções, formando um gel, que permite a limpeza correta das secreções. Quatro tipos de celulas na loja epitelial: a) células colunares epiteliais b) celulas não ciliadas colunares epiteliais,
c) celulas globosas d) celulas basais. Estas células como as glandulas da submucosa secretam glicoproteinas e as lançam na superficie epitelial. Elas tem microvilosidades, que são progeções imoveis e aumentam a area da superficie e contribuem para a hidratação (umidificação do ar). Este sistema com seus cilios á a barreira inicial de defesa do aparelho respiratorio. Seus problemas patologicos provocam os conhecidos sindrome dos cilios imoveis, Kartagener e outros. Abaixo das celulas basais esta a submucosa riquissimas em glandulas, de tres tipos:
mucosas, seromucosas e serosas. Nas seromucosas a parte central é formada por celulas mucosas, enquanto que as celulas envolvem aquelas em forma de crescente. As glicoproteinas mucosas localizam-se histoquimicamente nas glandulas do mesmo nome. Enquanto as lisozimas
lactoferrinas, e a endopeptidase neutral (inibidora da SP) e a IgA secretora estão nas glandulas
serosas. O sistema intersticial contem linfocitos, fibroplastos e mastocitos. Existem 150linfocitos/mm3 na membrana basal. Dois terços são CD4 e CD8. A população de CD4 e CD8 não se modifica nas crises alérgicas. Ha 10 celulas/mastocitos por mm. na membrana basal, muitas são do tipo MC/TC que contem triptase e quimase, os mastócitos estão localizados na proximidade das terminações nervosas sensoriais e autonomas e dos vasos suaguineos com sua formação terminal de microcirculação. O numero total de mastocitos é aproximada de 7000 por/mm3 na membrana basal e de 50 por/mm3 na area epitelial. Os mastocitos epiteliais são do tipo MCT, o numero deles aumenta nas crises alérgicas.. As únicas celulas da mucosa nasal que se ligam a fração Fc da IgE são os mastócitos. O nariz é o local mais vascularizado do corpo humano, seu fluxo total por cm3/tecido excede aos dos musculos, cérebro e figado. Na superficie epitelial da mucosa é de 42 ml/100 grs/min. O que é altissimo. Ele alimenta as glandulas que contem fenestrações na membrana basal similar a dos glomérulos renais. Esta construções anatomica facilita a rapida extravasão do fluido atraves das paredes vasculares, fornecendo a
umidificação adequada ao ar inspirado. Este sistema extremamente adensado nos cornetos contem musculatura lisa que é controlado pelo sistema autonomo, transformando-se num complexo tecido erétil que produz normalmente o ciclo nasal e suas flutuações e as obstruções
quando alterados seus mecanismos de controle. O ritmo do ciclo é ultradiano, várias vezes nas
24 hs. Pacientes que apresentam mastocitose podem ter até 40 mil/mastocito/mm3. Geralmente eles tem enxaquecas devida a produção de histamina. Selye- o descobridor e divulgador do Stress, chamava os mastocitos de protetores do organismo ele é "um kit de emergencia, recentemente foi denominado de "microprocessador" que ajuda a manter a homeostase do organismo. Tudo esta alterado nos alérgicos. Outro aspecto da mucosa alérgica é dos cornetos pallidos deve-se a grande quantidade de eosinófilos degranulados, este aspecto só é revertido pelos corticoides. O mecanismo mucociliar constitui um dos dispositivos mais sutis e atuantes do organismo. Desta maneira uma película de muco é continuamente deslocada como uma esteira para a hipofaringe onde é deglutida. Os batimentos ciliares são bifasicos, a um rapido movimento para frente segue-se um lento para tras. Embora a muco sobrenadante cosntitua um gel, ha uma camada adjacente em fase de sol, o que permite frequencias de 1.300
batimentos por minuto e deslocamentos de 13.5 mm/minuto . Todo o tracto respiratorio é revestido por epitelio mucociliar, com exceção dos alveolos, bronquiolos, corda vocais, epiglote e orofaringe.
A Nocicepção
abdominal, nas meninges e na bolsa escrotal. Na hiperreatividade bronquica tres sistemas controlam o tonus da musculatura bronquica: 1.o sistema motor colinérgico (parassimpatico constritor). cuja mediação é realizada pela acetilcolina nas fendas sinapticas, e age sobre os receptores muscarinicos M3 da musculatura lisa bronquica. 2. o sistema autonomo motor adrenérgico (simpatico bronco-dilatador), cujo mediador é a adrenalina e age sobre os receptores B2 da musculatura lisa bronquica. 3. O sistema sensitivo (não adrenergico nem colinergico) denominado pela sigla NANC, é formado pelas terminações sensitivas das fibras C, cuja ação é mediada por inumeros neuropeptidios originando: a) Broncoconstrição; SP, Neurocinina B, Peptidio gene-relacionado a calcitonina (CGPP). Os produtores de bronco-dilatação são: VPP (peptidio vaso intestinal e NO (oxido nitrico). Tambem acionam a cascata do acido araquidonico prodduzindo prostaglandinas e leucotrienos. Nicanor Letti
Bases Fisiológicas das Septorrinoplastias
Monserrat Viladiu J. M
"A liberdade do nariz é uma das liberdades mais apreciadas pelo homem"Escat.
* Resumo do trabalho do Dr. Monserrat Viladiu J. M, - publicada na separata da Acta Otorrinolaringológica Espanhola - Mayo-Juno 1969.Tradução: Dr. Nicanor Letti.